Marca é logotipo? Uma pergunta aparentemente ingênua, mas uma pergunta que atinge fundo convicções e a existência de empresas.

Antes de tudo, vamos usar o termo logotipo como termo genérico para todas suas variações: imagotipo (imagem + texto), isotipo (somente a imagem), isologo (texto e imagem misturados com uma coisa só) e logotipo (apenas o texto). Quando dissermos logotipo, estaremos indicando qualquer composição visual, com ou sem texto, com ou sem imagem, que represente uma empresa ou um produto.

Logotipo é uma imagem poderosa que se apropria da existência de uma empresa. Numa analogia grosseira, o logotipo é o rosto de uma pessoa; não é o cérebro, não é membros, não é o jeito de falar, não é o temperamento. Quando pensamos numa pessoa, sempre nos vem o rosto dessa pessoa. Dali, conectamos com uma série de experiências que a preenchem enquanto ser humano: o estilo de roupa de sua preferência, as músicas que ama, a família que a cerca, profissão, manias, habilidades e tantos outros atributos.

A partir daqui, podemos definir o logotipo como a fundamental porta de entrada para o ser de uma marca. Ele não diz tudo (na verdade, literalmente, diz muito pouco), mas claramente tem a importância de conectar a entidade que representa para o mundo.

O processo de desenho de logotipo é cada vez mais banalizado: rápido, fácil, copiável. Hoje, sobretudo com as tecnologias de inteligência artificial, é absurdo exigir que seu logotipo carregue toda a responsabilidade de traduzir a essência de seu negócio ou empresa. O volume de informação visual nos dias atuais é tão estratosférico que a possibilidade de empresas se plagiarem mútua e inconscientemente é quase uma constante.

Então como minha empresa pode ter uma “cara” própria numa época de padronização de harmonização facial? 

Um projeto de branding (marca) não pode ser restringir a pensar somente o logotipo – ou o rosto da empresa. Existem outras camadas de existência, tanto no aspecto visual quanto textual que devem ser desenvolvidas em conjunto.

Não basta ser bonito, precisa ter algo a dizer

No aspecto visual, os elementos que darão beleza e personalidade ao rosto (logotipo) são o principal, pois criarão o que chamamos de sistema de identidade visual, o meio ambiente visual completo e complexo da marca. Para isso, é necessário criar inúmeras camadas gráficas que, em conjunto, formarão uma comunicação única e com personalidade própria. Somente logotipo e uma cor (aquela cor azul que “inspira” segurança) não perfazem um conjunto e respondem pouco no dia a dia para a comunicação de uma marca consistente, sólida e com personalidade.

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Recortes do projeto da marca MOM

O QUE DIZER? MOM nasceu já com um manifesto, propondo uma ruptura e um compromisso na relação com cães e gatos: retomar a natureza dos bichos e entender a união de bichos e humanos como um núcleo familiar animal.

O logotipo desenvolvido pela Laika para MOM – cães, gatos possui uma série de elementos de significação da marca. Composto por tipografia própria e o efeito de silhuetas de cão e gato nas letras M. Mas não dá conta de toda a narrativa da marca.